O olho da madrugada
Talvez tenha um nome.
Pesquiso a redundância
Do silêncio: nada encontro.
Talvez isto seja absolutamente
Muito mais do que posso querer
Da vida.
O olho da madrugada
Certamente tem um nome.
Há mistério por trás do mistério,
Há sussurros por trás dos sussurros.
Alguém deixou aberta a porta, pronto:
Entraram estes pensamentos estranhos
Como cães fazendo farra descontroladamente
Sem que ninguém os consiga enxotar de volta
À rua.
A questão não é a questão,
Mas o motivo da questão. Não me doem
A resposta, não mastiguem a minha comida,
Por favor! Me mostrem, porém, a necessidade
E o fundamento da pergunta. Perguntar
É estar vivo!
O olho da madrugada é uma raiz,
O olho da madrugada é subjetivo e parco,
É uma sombra serena sobre os muros da noite
O olho da madrugada, a cerca que cerca destinos,
A foice que ceifa vida, a flor que germina os ares,
Floresce, amadurece, reproduz e fenece e morre,
Nunca cessa, contudo...
Me doem, agora, se possível,
A cor das perguntas sem motivo,
Das paixões das respostas que nunca terei,
Das paixões das respostas que nunca precisei,
Me doem, agora, e somente isto há de ser
Beleza suficiente para que eu me emocione
E possa pensar que é farta e cômoda
A vida.
Talvez tenha um nome.
Pesquiso a redundância
Do silêncio: nada encontro.
Talvez isto seja absolutamente
Muito mais do que posso querer
Da vida.
O olho da madrugada
Certamente tem um nome.
Há mistério por trás do mistério,
Há sussurros por trás dos sussurros.
Alguém deixou aberta a porta, pronto:
Entraram estes pensamentos estranhos
Como cães fazendo farra descontroladamente
Sem que ninguém os consiga enxotar de volta
À rua.
A questão não é a questão,
Mas o motivo da questão. Não me doem
A resposta, não mastiguem a minha comida,
Por favor! Me mostrem, porém, a necessidade
E o fundamento da pergunta. Perguntar
É estar vivo!
O olho da madrugada é uma raiz,
O olho da madrugada é subjetivo e parco,
É uma sombra serena sobre os muros da noite
O olho da madrugada, a cerca que cerca destinos,
A foice que ceifa vida, a flor que germina os ares,
Floresce, amadurece, reproduz e fenece e morre,
Nunca cessa, contudo...
Me doem, agora, se possível,
A cor das perguntas sem motivo,
Das paixões das respostas que nunca terei,
Das paixões das respostas que nunca precisei,
Me doem, agora, e somente isto há de ser
Beleza suficiente para que eu me emocione
E possa pensar que é farta e cômoda
A vida.
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